Centrais vão pressionar parlamentares pela retirada da MP 905

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A reunião das Centrais Sindicais foi realizada dia 27/11, na sede da CUT, em Curitiba

 

TERÇA-FEIRA, 03/12/2019

Líderes das principais Centrais Sindicais do Paraná estiveram reunidos na última quarta-feira (27/11), na sede da CUT, em Curitiba, para definir estratégias de luta em defesa dos direitos da Classe Trabalhadora.

Os dirigentes decidiram produzir, em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), um documento que explica a importância de barrar a MP (Medida Provisória) 905/2019,do Programa Carteira Verde Amarelo, lançado pelo presidente Jair Bolsonaro no início de novembro.

A iniciativa é vista pelas Centrais como uma nova reforma trabalhista, que precariza ainda mais as relações de trabalho no País.

A MP 905 tem gerado uma série de protestos nos mais diferentes tipos de categorias pela sua abrangência na retirada de direitos específicos. A redução do FGTS a ser recebido, a liberação de trabalho aos domingos, a isenção da contribuição para INSS das empresas e repasse do pagamento para o trabalhador desempregado são algumas das “aberrações” desse programa do governo Bolsonaro.

Além disso, o próprio STF (Supremo Tribunal Federal)  pediu informações sobre a medida que é considera inconstitucional por diversos juristas.

“Vamos produzir este documento em parceria com o Dieese e entregar aos deputados federais e senadores do Paraná. Barrar a MP 905 é uma obrigação de qualquer pessoa que defenda o bem estar-social no Brasil e a própria economia brasileira. Já ficou comprovado que para a economia melhorar é preciso estimular o poder de compra da Classe Trabalhadora”, defende o presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller.

Durante a reunião em que estiveram presentes dirigentes da CTB, Intersindical CCT, CSP Conlutas, UGT, Força Sindical, Dieese, além da própria CUT, foi reafirmada a luta permanente pela valorização do Piso Salarial Regional. “Em que pese, no plano nacional, o governo de Jair Bolsonaro tenha reduzido o valor do salário mínimo, não vamos baixar a guarda e seguiremos lutando pela valorização em nosso Estado que mantém uma tradição neste ponto, muito, pela luta das Centrais, que seguem insistindo neste ponto ano após ano”, afirmou Kieller.

As Centrais também estabeleceram o apoio à greve dos servidores públicos no Paraná. Eles lutam contra novos projetos que retiram direitos, inclusive, uma reforma do sistema previdenciário da categoria. Os sindicalistas devem pedir para que o governador Ratinho Júnior segure o projeto, ao menos, até ampliar a discussão estadual e que se encerre a tramitação da reforma nacional.

Os representantes das Centrais também confirmaram presença no lançamento da Frente Popular e Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional. A coalização, que terá representação em todos os Estados e já na segunda-feira (2), houve mobilização no Plenário da Assembleia Legislativa do Paraná.

Por último, ficou definida uma reunião mensal dos representantes das Centrais a partir de agora. “Vamos aproximar ainda mais as Centrais Sindicais no Paraná com o objetivo de lutar e resistir contra a onda de retirada de direitos que ocorre nos planos nacional, estadual e municipal. Este é o momento de unidade e precisamos, mais do que nunca resistir, avançar”, finalizou.

Fonte: CUT Paraná