SINDICATOS MOBILIZAM CATEGORIA CONTRA ABUSOS DA MP 905

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Seguindo orientação da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Sindicatos de várias regiões do País realizaram nesta quinta-feira (21/11) manifestações contra a MP (Provisória) 905/2019 assinada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 11.

Entre outros ataques a direitos da Classe Trabalhadora, essa MP autoriza a abertura dos bancos aos sábados e amplia para 44 horas semanais a jornada de trabalho da categoria bancária.

Em Apucarana, Arapoti e Londrina, dirigentes dos Sindicatos realizaram reuniões nas agências para explicar os retrocessos provocados por essas mudanças nas conquistas históricas da categoria.

“Não podemos admitir isso! A jornada de seis horas é fruto de intensa mobilização dos bancários em 1933 e o fim do trabalho aos sábados foi conquistado com uma grande greve em 1961, direitos que estão em vigor há décadas, não podendo ser retirados assim, com uma canetada”, protesta José Roberto Brasileiro, presidente do Sindicato de Apucarana.

Segundo Brasileiro, além de mexer com a jornada, as mudanças na legislação também trazem prejuízos à remuneração dos bancários.

Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, afirma que a MP 905 foi discutida entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) no dia 14/11), em reunião realizada no Rio de Janeiro.

“O Comando Nacional deixou claro para os representantes dos bancos que não aceitará a implementação dos efeitos da MP 905 nos direitos da categoria. Foi proposta a celebração de um Aditivo à Convenção Nacional para impedir isso, agora a expectativa é para ver se a Fenaban concorda com isso”, salienta.

Para Valdecir, essa MP é uma nova reforma trabahista e mais parece uma “bolsa patrão”, pois só prevê benefícios às empresas, como a redução de impostos, afrouxamento da fiscalização sobre saúde e segurança, além de aumentar a exploração dos trabalhadores.