Trabalhadores e bancos se reúnem para discutir critérios do 4º Censo da Diversidade

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O movimento sindical bancário, representantes dos bancos e do Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) se reuniram na tarde desta quinta-feira (5/06), na sede da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro), para realizarem mais um passo na construção do 4º Censo da Diversidade.
O GT (Grupo de Trabalho) para avançar na consolidação do Censo foi estabelecido na última sexta-feira (30), durante a mesa “Negociação Nacional Bancária sobre Diversidade, Inclusão e Pertencimento”.

“O Censo é uma conquista dos trabalhadores, na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). A partir deste levantamento, é possível diagnosticar o perfil da categoria bancária e, assim, desenvolver de forma mais eficiente as nossas reivindicações nas mesas de negociação com os bancos”, explica a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis. “O Censo, portanto, nada mais é que um instrumento fundamental na luta por igualdade de oportunidades na categoria bancária”, completa.

Os Censos anteriores foram produzidos nos anos 2008, 2014 e 2019. “A partir deles, conseguimos comprovar o que nós já vínhamos detectados nos anos anteriores, nas bases, ou seja, desigualdades salariais e de oportunidades para mulheres, negros e negras, PcDs (pessoas com deficiência) e pessoas da comunidade LGBTQIA+”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Seeb-SP (Sindicato de São Paulo, Osasco e Região), Neiva Ribeiro. “Então, graças aos  Censos, passamos a ter embasamentos em nossas reivindicações com os bancos, com dados da realidade, fornecidos pelos próprios trabalhadores. Com isso, conseguimos avanços sociais na CCT, nos últimos anos, como a inclusão de parceiros no plano de saúde e garantia de tratamento isonômico desse direito aos casais do mesmo sexo. A categoria bancária foi a primeira no país a alcançar esse direito na Convenção Coletiva”, completa.

Cronograma

No cronograma apresentado, inicialmente, a previsão é de que o teste para o censo seja apresentado em agosto, pela Ceert, ao movimento sindical e à Fenaban, e que a coleta de dados comece na terceira semana de setembro, com a divulgação dos resultados em fevereiro de 2026.

Além de Elaine Cutis e Neiva Ribeiro, também participaram do GT que aconteceu nesta quinta-feira (5) os dirigentes Almir Aguiar (secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT); Fernanda Lopes (secretária da Mulher da Contraf-CUT) Bianca Garbelini (secretária da Juventude da Contraf-CUT), Ana Stela Alves de Lima, da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e Francisco Pugliesi, do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região.

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Fonte: Contraf-CUT