Dirigentes do Sindicato estão paralisando nesta terça-feira (12/08) as agências do prédio central do Bradesco e a agência Praça Willie Davids, no Dia Nacional de Luta dos funcionários do banco contra as demissões em massa e o fechamento de agências.
Segundo o diretor do Sindicato e representante do Vida Bancária na COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco, Valdecir Cenali, nos últimos cinco anos o banco extinguiu 25 mil empregos bancários e fechou mais de 1.800 agências, precarizando não só as condições de trabalho, mas também o atendimento à população. “A ganância continua falando mais alto e, em nome do lucro ao menor custo, o Bradesco está cortando as despesas operacionais, jogando bancários e bancárias na rua, além de empurrar os clientes para as operações digitais, porque nas agências quase não tem pessoal para prestar atendimento presencial”, denuncia.
Valdecir afirma que o objetivo dessa mobilização nacional é fazer com que o Bradesco negocie com a COE a manutenção dos empregos e das agências, por que essa louca corrida pela digitalização das operações bancárias prejudica toda a sociedade. “Enquanto o banco aumenta seu lucro, trabalhadores são jogados para o desemprego e a população fica cada vez mais sem opções para ter acesso aos serviços bancários, principalmente os aposentados, que não tem habilidade para fazer as transações por meio dos meios eletrônicos. Por isso, estamos cobrando a responsabilidade social do banco nesse processo”, explica.
O Bradesco obteve lucro líquido de R$ 11,9 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, o que representa um crescimento de 33,7% em comparação ao valor registrado no mesmo período de 2024. Só com as receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias o banco consegue cobrir 115,8% das despesas com pessoal.
Por Armando Duarte Jr.