Oficina de Formação da Rede UNI Mulheres reforça o cuidado como pilar da ação sindical e da igualdade de gênero

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Transformar o cuidado em pauta estratégica da ação sindical, fortalecer a presença das mulheres nos espaços de poder e construir uma sociedade mais justa foram os eixos que nortearam a 13ª Oficina de Formação da Rede UNI Mulheres Brasil, realizada nos dias 28 e 29 de julho, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O evento reuniu quase 60 bancárias de todas as regiões do país, além de lideranças sindicais, representantes do governo federal e especialistas para debater políticas públicas e ações concretas que valorizem o cuidado como um direito coletivo.

“Esse foi um dos primeiros espaços em que me senti segura para falar, para ser acolhida”, destacou, na abertura do evento, Fernanda Lopes, vice-presidenta da UNI Américas e secretária da Mulher da Contraf-CUT.  Durante o momento de saudação às participantes, ela destacou a importância das oficinas da Rede UNI Mulheres como espaço de formação política e escuta ativa.  “Aproveitem essa oportunidade para conhecer outras vivências. A oficina nos oferece essa grande oportunidade, de troca de experiências que são fundamentais”, reforçou.

Realizada na Colônia de Férias dos Comerciários, a oficina teve como tema central a construção de uma sociedade do cuidado — conceito que articula bem-estar coletivo, equidade de gênero e valorização das trabalhadoras.

Cuidado como direito e responsabilidade coletiva

A formação promovida pela Rede UNI Mulheres teve como foco central incluir o cuidado — historicamente invisibilizado e socialmente atribuído às mulheres — na agenda sindical como direito, trabalho e pilar essencial da proteção social. A oficina também defendeu a incorporação do tema nas negociações coletivas e nas políticas públicas.

Entre os destaques da programação estiveram painéis com Jordana Cristina de Jesus, da Secretaria Nacional de Cuidados e Família do Ministério do Desenvolvimento Social, e Liliane Nascimento, do Ministério das Mulheres. Os debates abordaram ainda a ratificação da Convenção 190, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a violência de gênero, a transversalidade das políticas e o compartilhamento de experiências entre diferentes categorias profissionais e centrais sindicais.

União na diversidade e articulação política

O tom de unidade e colaboração marcou as falas das lideranças presentes, que destacaram a urgência de campanhas estruturadas para fortalecer a luta das mulheres nos sindicatos. Representantes de vários sindicatos e ramos reforçaram que o cuidado deve ser integrado de forma permanente às pautas mais amplas do movimento sindical e social.

Conferência Livre fecha oficina com construção coletiva

A 13ª Oficina consolidou mais uma vez a Rede UNI Mulheres Brasil como espaço permanente de formação crítica e ação transformadora. “Acredito que nos concluímos o encontro melhores do que entramos”, completou a dirigente.

Ao final, foi realizada uma Conferência Livre, no âmbito da série de Conferências Livres de mulheres que estão sendo realizadas pelo Brasil, onde foram eleitas três delegadas e três suplentes, que irão representar as propostas aprovadas hoje na 5ª CNPM (Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres), a ser promovida pelo Ministério das Mulheres, em Brasília, entre os dias 29 de setembro e 1 de outubro.

Fonte: Contraf-CUT