Dia Nacional de Luta cobra do BB respeito aos funcionários

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Funcionários e funcionárias do Banco do Brasil participaram de mobilização nesta quinta-feira (16/01), em todo o país, no Dia Nacional de Luta em resposta ao descumprimento de compromissos assumidos pela instituição durante a Campanha Nacional 2024.

O banco havia garantido à CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do BB) que haveria novos cargos e que os caixas seriam realocados em nova função com manutenção de remuneração similar ou superior à da gratificação de caixa, mas a realidade tem se mostrado diferente.

Atualmente, caixas estão sendo comunicados de que perderão suas funções em 1º de fevereiro, gerando um clima de desespero entre os trabalhadores. Muitos afirmam que não têm alternativas viáveis para realocação, contrariando o que foi prometido pelo banco, que assegurou a permanência dos trabalhadores na mesma cidade. Em algumas agências, quando há mais de um caixa para uma única vaga, o gerente geral está sendo responsabilizado por decidir quem ficará no cargo, um processo que desrespeita o histórico sistema interno de ascensão e oportunidades do banco.

“É lamentável essa postura da direção do BB, de desconsiderar caixas, que sempre tiveram papel importante na linha de frente de atendimento aos clientes. Além disso, o banco voltou atrás naquilo que havia sido tratado na mesa de negociações, o que gerou um forte impacto na vida de muitos colegas com a perda considerável de suas remunerações”, critica o secretário de Formação do Sindicato de Londrina, Laurito Porto de Lira Filho.

Laurito orienta aos funcionários e funcionárias afetados por essa reestruturação a procurar o seu Sindicato para que sejam definidas as estratégias para cobrar do banco seus direitos.

Metas abusivas e sobrecarga de responsabilidades

Além do descumprimento dos acordos, a Vice-presidência de Varejo do banco segue pressionando trabalhadores com metas abusivas em busca de lucros que desvirtuam o papel do Banco do Brasil como instituição pública. Agora, somam-se novas responsabilidades atribuídas aos gerentes gerais, que precisam decidir, muitas vezes de forma constrangedora, quem ficará com as poucas vagas disponíveis, enquanto os caixas ficam sem espaço para movimentação.

Cursos de reciclagem que não atendem aos trabalhadores

Outro ponto de insatisfação é o curso de reciclagem prometido aos caixas, que virou um pré-requisito para concorrer às vagas, sem que isso tivesse sido acordado previamente. Muitos trabalhadores que estavam de licença ou férias, ou mesmo os que têm alta demanda de trabalho, não conseguiram realizar o curso e, agora, estão sendo prejudicados.

Para o movimento sindical, a situação é inaceitável. “Na primeira apresentação, entendemos que seria uma reestruturação diferente das anteriores, com abertura de oportunidades e aumento de salários. Porém, na prática, o que temos observado, por meio das denúncias dos funcionários, é que esta reestruturação está repetindo as mesmas práticas anteriores, gerando insegurança e desrespeitando o que foi acordado em mesa”, ressalta Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

“O Dia Nacional de Luta é uma resposta enfática às práticas da gestão do banco, que tem se afastado do interesse público. A manutenção dos caixas é primordial para garantir à população o melhor atendimento. A mobilização busca reforçar a luta por condições de trabalho justas, cumprimento dos acordos e respeito aos trabalhadores”, completou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

Fonte: Contraf-CUT