Os 100 anos de atuação do Itaú Unibanco não vão passar em branco, pelo menos pelos milhares de bancários e bancárias que sofrem e sofreram muito para construir esse império financeiro. Para marcar esse aniversário, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Federações e Sindicatos filiados estão realizando uma campanha nacional para denunciar os ataques sistemáticos que esse banco vem fazendo ao longo dos anos, acabando com a saúde física e mental dos funcionários.
Nesta terça-feira (29/10) entidades de diversas cidades do país estão organizando atividades para denunciar a política desumana do Itaú Unibanco, com a distribuição do Jornal Itaunido especial, que conta um pouco dessa história, que de um lado tem uma trajetória de lucros cada vez mais exorbitantes e do outro uma legião de trabalhadores e trabalhadoras gravemente adoecidos por causa das metas abusivas, ameaças constantes de demissão e assédio moral a toda hora.
Dirigentes do Sindicato estão distribuindo o jornal nas agências da base para mobilizar os funcionários. Leia abaixo o Itaunido.
Diretoras do Sindicato de Londrina na agência 109
Agência do Itaú na Av. Duque de Caxias
Agência de Ibiporã
Itaú Unibanco da Av. Saul Elkink
Cenário desolador
De acordo com a secretária de Saúde do Sindicato de Londrina, Eunice Miyamoto, diferente da campanha publicitária do banco, que mostra um futuro próspero para todos, com a participação de artistas e atletas de sucesso, o cenário real é desolador. “Os bancários e bancárias do Itaú Unibanco enfrentam um ambiente de trabalho nocivo à saúde, com condições precárias pela falta de pessoal e uma multidão de clientes para atender, uma política de pessoal desumana, que não leva em conta os limites e sentimentos dos funcionários para impor metas absurdas em buscar de lucros cada vez mais exorbitantes”, aponta.
Eunice afirma que o resultado disso tudo é um número cada vez maior de adoecimentos no banco, o que acaba comprometendo ainda mais o ambiente de trabalho pela falta de substitutos.
“Além disso, o Itaú fica assediando bancários e bancárias que estão em licença para tratamento de saúde para que vendam sua estabilidade no emprego, em função do afastamento pelo INSS. Isso é uma crueldade, uma total falta de respeito com o trabalhador e a trabalhadora que adoeceram por causa das pressões sofridas diariamente no banco”, denuncia.
A secretária de Saúde do Sindicato de Londrina orienta a todos os funcionários e a todas as funcionárias do Itaú Unibanco a procuraram orientações das entidades sindicais para relatar perseguições, abusos e a criminosa prática de assédio moral para que sejam cobradas providências do banco.
Por Armando Duarte Jr.