Com protestos nas agências de diversas cidades do país nesta segunda-feira (26/08), a categoria bancária cobra dos bancos valorização pelo seu trabalho na obtenção de lucros bilionários e mais direitos.
Essa mobilização é uma resposta à postura da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na mesa geral de negociações, de negar avanços e ainda querer impor reajuste de 85% da inflação acumulada nos últimos 12 meses, além da retirada de direitos.
Entre outros retrocessos pretendidos pela Fenaban está o corte da 13ª Cesta Alimentação; fim do fornecimento dos vales refeição e alimentação às bancárias e aos bancários afastados pelo INSS para tratamento de saúde.
Essa proposta indecente foi rejeitada imediatamente pelo Comando Nacional, que não aceita essa choradeira dos bancos de que o setor está em crise no momento em que os lucros não param de crescer.
“Em 2023, os bancos tiveram juntos 145 bilhões de lucro líquido, com rendimento médio de 15% acima da inflação. Só no primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e a Caixa lucraram R$ 60 bilhões. Não dá para falar em crise diante de valores tão exorbitantes”, avalia o presidente do Sindicato, Felipe Pacheco.
Segundo Felipe, que é um dos representantes da Fetec-CUT/PR (Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito do Paraná) no Comando Nacional dos Bancários, a categoria precisa ampliar sua força com as atividades de rua e nas redes sociais. “Sem pressão não teremos sucesso na Campanha Nacional. Os bancos só irão atender nossas reivindicações se a gente mostrar que sem aumento real e respeito aos direitos não tem acordo”, explica.
Dirigentes do Sindicato no protesto no Bradesco da Av. Tiradentes
O protesto também aconteceu na agência do Santander
Por Armando Duarte Jr.