Proposta da Caixa para empregados e dependentes PcDs é insuficiente

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Em negociação ocorrida na quinta-feira (16/05), a Caixa Econômica Federal apresentou uma nova proposta sobre a reivindicação dos trabalhadores para redução da jornada de trabalho das empregadas e empregados com deficiência, ou que sejam pais, ou cuidadores, de PCDs (pessoas com deficiência). Novamente, a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) da Caixa a considerou insuficiente. Em abril o banco já havia apresentado uma proposta frustrante para esta mesma reivindicação.

“Essa é uma demanda muito importante para um grupo de trabalhadores que nós estamos debatendo há algum tempo. O banco trouxe proposta que engloba todos os empregados e não o segmento específico. Além disso, têm aspectos que precisam ser esclarecidos e nós solicitamos mais detalhes ao banco e reafirmamos a necessidade de que o retorno a demandas como essa sejam mais ágeis e tragam soluções efetivas”, reforçou Rafael de Castro, coordenador da CEE/Caixa e diretor da Fenae.

Morosidade é geral

A reclamação sobre morosidade das respostas do banco foi pauta para diversos pleitos. Os membros da CEE pontuaram várias reivindicações que foram apresentados em outras reuniões ou por meio de ofício e que não obtiveram resposta da Caixa.

“Precisamos ter um calendário de negociações para dar andamento às demandas que apresentamos e não nos foram dadas respostas, como os temas relacionados à Funcef (Fundação dos Economiários Federais), volta das designações das funções de caixa e tesoureiros, reestruturação, dentre outros”, destacou a diretora executiva da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Eliana Brasil.

Para o representante da Fetrafi/SC, Edson Heemann, é preciso valorizar a importância da CEE na interlocução dos empregados com a empresa. “Estamos aqui para buscar solucionar problemas relativos às condições de trabalho. As entidades são diariamente acionadas pelos colegas para tratar das demandas que não vem sendo solucionadas”.

A morosidade do banco também foi criticada pelo representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto. “Nossa expectativa é que na próxima reunião o banco nos traga propostas para as diversas demandas já apresentadas e ainda pendentes”, reforçou.

Rio Grande do Sul

A CEE também cobrou mais agilidade nas solicitações dos trabalhadores afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A representante do estado na Comissão relatou que empregados estão tendo dificuldades em questões como hotelaria (para quem ficou desabrigado) e o adiantamento emergencial em casos de calamidade.

“Recebemos relatos de que alguns colegas não estão conseguindo o adiantamento por conta da margem consignável ou tendo negado pedidos para estender a hotelaria”, relatou Sabrina Muniz.

Os representantes da Caixa anunciaram, na reunião, que nesta sexta (17) será publicada norma dispensando a margem consignável.

Os membros da CEE também reforçaram o pedido para que problemas mais urgentes possam ser solucionados pelo banco, sem esperar que sejam levados para o comitê de crise nacional, formado pela Contraf-CUT e pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Gipes

Dentre os pontos pendentes na negociação com a Caixa está a recriação das Gipes (Gerências de Gestão de Pessoas). Segundo o banco, já foi iniciado o processo de implantação de oito Gipes e 20 Repes (Representações nos Estados) e que esse trabalho deve ser concluído até 30 de junho, para que elas entrem em operação na sequência, a partir de julho deste ano.

“As Gipes são essenciais para agilizar as soluções para os problemas locais enfrentados pelos trabalhadores. Enquanto elas e as Repes não são recriadas, precisamos buscar soluções mais ágeis para as demandas das empregadas e empregados”, reforçou Rafael de Castro.

A CEE/Caixa cobrou um calendário de negociações com os bancos para tratar de todos as reivindicações pendentes. A Caixa se comprometeu atender a demanda da Comissão e uma nova negociação já deve ocorrer na próxima semana.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT