Passados 22 anos da Marcha dos 100 mil, realizada no dia 26 de agosto de 1999, a Classe Trabalhadora volta às ruas neste dia 7 de setembro para pressionar mudanças nos rumos do País.
A conjuntura daquele ano era bem parecida com a atual: recordes nos índices de desemprego, ataques aos direitos dos trabalhadores, privatizações e inflação em alta. O protesto foi organizado pelo Fórum Popular por Trabalho, Terra e Cidadania, formado pela CUT e demais Centrais Sindicais, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), estudantes e diversas outras organizações populares e sociais.
Dirigentes do Sindicato de Londrina estiveram presentes no protesto que pediu o impeachment do então presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso), mais empregos, políticas sociais e fim da subserviência do País ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
Tal qual como ocorre agora, o governo FHC encaminhou a reforma da Previdência, alterou a legislação trabalhista, sob a justificativa de gerar empregos, e entregou de mão beijada a Telebras a grupos privados internacionais, além de ter autorizado os governos estaduais a venderem suas empresas de telecomunicações e os bancos públicos, como o Banestado, Banespa, Banerj e diversos outros.
“Bolsonaro vem usando o mesmo receituário neoliberal adotado por FHC, só que agora conta com apoio de muitos parlamentares conservadores que estão a serviço de grandes grupos econômicos, como os setores financeiro e o agropecuário, alterando a legislação como bem quer para destruir políticas sociais e privatizar nossas principais empresas públicas”, critica o presidente do Sindicato de Londrina, Felipe Pacheco.
Por Armando Duarte Jr.