A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú se reuniu, na manhã desta quinta-feira (6/02), com o diretor executivo de RH do Itaú, Sérgio Fajerman, na sede da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), em São Paulo. Ele foi convidado para tirar algumas dúvidas dos trabalhadores sobre as expectativas para 2020 e as possíveis mudanças que os avanços digitais podem ocasionar no sistema financeiro nacional.
“Foi experiência muito importante que há tempos pedíamos. É importante ouvir da boca de um dos executivos mais importantes do banco, questões fundamentais para o dia a dia dos trabalhadores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú. Além dos membros da Comissão, também participaram do encontro as coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira e Ivone Silva.
Segundo Fajerman, o sistema financeiro brasileiro atualmente é uma arena competitiva muito diferente do passado, na qual o Itaú está presente, com um papel de relevância, mas que sabe que terá de encarar temas muito novos, devido a avanços tecnológicos dos bancos digitais.
A modernização do sistema tecnológico do Itaú, inclusive, foi um dos principais desafios que ele elencou para este ano. “Não é algo simples, pois precisa fazer com o sistema operacional do banco rodando normalmente. Devemos começar em breve.”
Outra meta é a busca de uma nova forma para atender clientes. “Atualmente temos uma estratégia departamentalizada, que são os clientes digitais e os clientes de agências. Precisamos rever esta estratégia. O cliente é quem deve escolher por qual canal quer ser atendido. É o que se chama Ominichannel. Isso mexe numa série de modelo, processos e políticas internas do banco.”
Para o diretor de RH, as relações de trabalho como existia anteriormente, repleta de hierarquia, está obsoleto. “Agora são grupos que trabalham juntos e que não têm tanta interferência do chefe. Ele passa a dar direção e tirar problemas da frente do time e não ordenar. Isso é algo que devemos implementar em breve.”
Fajerman revelou ainda que o banco tem intensificado as discussões sobre saúde, bem-estar e o equilíbrio da vida pessoal e profissional. “É um caminho longo a ser percorrido, mas o assunto já está na mesa e é tido como prioritário para o banco.”
Em relação ao emprego, ele disse que as avaliações internas mostram que a alta rotatividade do banco, que é a troca de um funcionário por outro profissional para a mesma função, não é positivo. Eles estudam mudar o formato, com investimento em treinamento e em capacitação para diminuir este número. O executivo disse ainda que não pode garantir que não terão mais fechamentos de agências, mas que o banco já está chegando no número considerado ideal por eles.
No final da explanação do executivo, os representantes dos trabalhadores perguntaram sobre problemas específicos das suas regiões. Também foi cobrada a antecipação da PLR. O executivo disse que não tem o número fechado do valor e lembrou que o Itaú costuma ser o último banco a pagar, pelos processos internos e isso não deve mudar muito.
O tema diversidade também foi um dos questionados. Fajerman disse que o tema também é de grande preocupação do banco, que tem elaborado programas de inclusão e sistemas internos para evitar qualquer tipo de discriminação.
Fonte: Contraf-CUT