Os petroleiros estão em greve nacional desde o dia 1º de fevereiro no movimento que já atinge 12 Estados do País contra a privatização da Petrobras e pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho.
No Paraná, a greve foi deflagrada no dia 20 de janeiro em protesto contra o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do (Fafen-PR), localizada em Araucária, que vai resultar na demissão de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras, sendo 396 diretos e os demais terceirizados.
Nesta quarta-feira (5/02), será realizada uma ação para alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobras. Em vários estados do Brasil, os Sindicatos de petroleiros vão subsidiar o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg.
Em Araucária, o protesto ocorrerá às 12h00, Praça da Bíblia, em frente à Câmara dos Vereadores. Os petroleiros entregarão 300 botijões com voucher de R$ 30 na compra do GLP. (Gás Liquefeito de Petróleo). Dessa forma, o preço médio do botijão, que atualmente está em R$ 70, ficará em R$ 40. O pagamento só pode ser feito em dinheiro, alertam os petroleiros. Também é necessário levar o botijão vazio.
O objetivo dos petroleiros é mostrar que é possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.
Atualmente a população brasileira é punida com a alteração da política de preços da companhia, que passou a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar, desencadeando aumentos sucessivos, que já chegaram a ser diários, da gasolina, diesel e gás de cozinha, sem haver nenhuma proteção ao consumidor.
Para o Sindipetro Paraná e Santa Catarina, uma outra política de preços é possível, com a intervenção do governo federal para barrar os aumentos sucessivos dos derivados de petróleo.
“Vamos sempre defender que a prioridade de qualquer governo seja o povo, a sociedade como um todo e não acionistas da iniciativa privada. Vamos provar, mais uma vez, já que mostramos isso com a gasolina e o diesel, que é possível praticar um preço menor e manter a economia aquecida”, explicou Mario Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.
Feijão
No mesmo dia, os petroquímicos do Sindiquímica-PR farão a segunda distribuição gratuita de feijão para a população. Ato da semana passada foi bem-sucedido e os trabalhadores retomarão, ao lado dos petroleiros do Sindipetro PR e SC, os alertas à sociedade.
Fonte: Porém.net