Novo programa do BB reduz remuneração nas funções gratificadas, mas poupa alto escalão

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O Banco do Brasil lançou na segunda-feira (3/02) o programa “Performa”, que altera regras na Gestão de Desempenho Profissional (GDP), no Programa de Desempenho Gratificado (PDG) e também altera o Plano de Funções Dos funcionários.

A alteração no Plano de Funções reduz o Valor de Referência (VR) – equivalente ao piso da função de todos os funcionários em função Gratificada ou de Confiança, bem como a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Não sofreram redução na remuneração os altos cargos, como gerentes Executivos, gerentes de Unidade, diretores, vice-presidentes e o presidente do banco.

A redução do valor dos cargos, embora compensada por uma verba temporária (VTVF), prejudica os atuais ocupantes quando tiverem ascensão profissional, uma vez que novas posses já serão com os cargos novos de valor menor. Desta forma, o Banco cria, oficialmente, a remuneração diferente para duas pessoas ocupando o mesmo cargo.

Uma alteração significativa foi a extinção do módulo avançado das funções negociais. O fim dessa medida prejudicou os funcionários que tinham aumento salarial, após dois anos na função, cumprindo alguns requisitos como número de certificações. A partir da divulgação do programa, quem ainda não tem o módulo avançado não terá mais a oportunidade de conseguir.

O banco também alterou o funcionamento da GDP – programa de avaliação funcional, que continua com ciclo semestral, mas terá uma prévia da avaliação em três meses. Segundo o Banco do Brasil, a medida facilitará os feedbacks para os avaliados. O movimento sindical vai acompanhar de perto os efeitos dessa medida.

Mobilização

Para Laurito Lira Filho, diretor do Sindicato de Londrina, essas mudanças na carreira prejudicam muito o funcionalismo do BB e foram tomadas sem qualquer negociação com o movimento sindical e não se limitam a danos apenas na remuneração, porque também impactam nas aposentadorias, no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e na saúde financeira da Cassi.

“Como ocorreu em ataques anteriores aos direitos, precisamos combater essa nova etapa da reestruturação, que é um profundo desrespeito aos funcionários e funcionárias que estão se desdobrando para dar conta do acúmulo de serviços sem receber nenhuma contrapartida, pelo contrário, porque agora são atacados com redução salarial”, critica.

Segundo Laurito, neste dia 6 de fevereiro será realizado um Dia Nacional de Luta dos Funcionários do Banco do Brasil contra o programa “Performa”. Todos devem ir trabalhar de preto como forma de demonstrar a insatisfação com mais esse ato adotado pela diretoria do banco.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região