Os bancos fecharam 9.463 postos de trabalho no País entre janeiro e dezembro 2019, de acordo levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Segundo o Dieese, o setor bancário acumula um saldo de 70.069 postos de trabalho desde 2013, quando os saldos negativos se tornaram uma constante a cada mês. Nestes 96 meses, o saldo foi positivo somente em 23.
Os Estados com as maiores reduções de postos de trabalho do ano foram São Paulo (-2071), Rio de Janeiro (-1.973), Rio Grande do Sul (1.251) e Distrito Federal (-1.076 postos). No Pará, houve maior número contratações do que de demissões e o saldo ficou positivo em 247 postos.
Faixa etária
A abertura de empregos bancários ficou concentrada na faixa entre 18 e 29 anos, com criação de 12.454 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 13.202 postos.
Outra constatação que pode ser feita a partir da análise da tabela é a redução dos salários dos novos contratados na comparação com os demitidos. A remuneração média dos demitidos era de R$ 7.138,00, enquanto a dos admitidos ficou em R$ 4.564,00.
Desigualdade de gênero
O levantamento do Dieese aponta ainda que as 16.400 mulheres admitidas receberam 75,7% a menos do que os 19.100 homens admitidos no mesmo período. A diferença de remuneração entre homens e mulheres permanece durante toda a carreira, até o desligamento do banco. As 22.063 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, 74,2% da remuneração média dos 22.900 homens desligados dos bancos no período.
A análise do Dieese ainda apresenta dados sobre os tipos de desligamentos ocorridos no período. Leia a análise sobre o emprego na categoria bancária na íntegra.
Fonte: Contraf-CUT