O desmonte das empresas públicas brasileiras corre a passos largos no governo de Jair Bolsonaro. Esta semana foi anunciada a privatização da BBDTVM, gestora de fundo de investimentos do Banco do Brasil, o que deverá ser concretizado até junho deste ano, conforme divulgado na imprensa.
O modelo é o mesmo utilizado pelo banco na “parceria” com o banco suíço UBS, que se tornou responsável pelas operações do banco de investimentos e de corretora de valores no Brasil e em alguns países da América do Sul.
No caso da BBBDTVM, o governo ainda está procurando um sócio estrangeiro para comercializar seus produtos no mercado internacional. Os interessados devem ter, pelo menos, R$ 400 bilhões sob gestão.
Em declaração dada ao jornal Valor Econômico, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que a tendência é de “50% mais 1” do capital ser estrangeiro, reafirmando a intenção do governo de se desfazer de uma das áreas mais lucrativas do banco público.
Para Laurito Lira Filho, diretor do Sindicato de Londrina, esse é mais um atentado à soberania nacional, perpetrado por um governo que está entregando de mão beijada o patrimônio público a grupos financeiros internacionais.
“A BBDTVM ocupa a posição de maior gestora de ativos do Brasil, com uma carteira com mais de R$ 1 trilhão de ativos. Com certeza, não faltarão concorrentes para disputar essa significativa parcela do mercado nacional de investimentos”, avalia.
Por Armando Duarte Jr.