A Greve Geral dos trabalhadores franceses foi iniciada no dia 5/12/2019 – Foto: twitter ManonAubry
A mobilização dos trabalhadores mostrou mais uma vez que a união faz a diferença, desta vez, na França. Após 38 dias de greve e muitos protestos por todo o pais contra o projeto de reforma da Previdência, proposto pelo governo francês, no último sábado (11/01), o primeiro-ministro Édouard Philippe anunciou uma suspensão provisória do aumento da idade mínima de 62 para 64 anos para se ter acesso à aposentadoria integral.
Essa foi a primeira vez que o governo se mostrou aberto para negociar pontos da reforma. “Com a intenção de demonstrar minha confiança nos interlocutores sindicais, estou disposto a retirar a curto prazo do projeto de lei a medida que havia proposto, que consiste em convergir progressivamente a partir de 2022 até uma idade de equilíbrio de 64 anos em 2027”, escreveu o primeiro-ministro, condicionando a retirada da medida de forma definitiva a um “acordo sobre o equilíbrio e o financiamento das pensões” em um encontro previsto com as lideranças sindicais e patronais.
A proposta pretende substituir 42 sistemas de aposentadorias por um universal, o que exigirá dos trabalhadores, principalmente os do serviço público, trabalhar por muito mais tempo.
De acordo com a reportagem do Brasil de Fato, as lideranças da central sindical CFDT são contrárias às alterações nas regras previdenciárias e consideraram um sinal “da vontade do compromisso do governo” e disseram que vão continuar as negociações.
Fonte: Contraf-CUT