Em reunião realizada no dia 25 de novembro, em Osasco, integrantes da COE (Comissão de Organização dos Empregados) cobraram dos representantes do Bradesco o respeito à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) 2018/2020 em relação à MP (Medida Provisória) 905, que estabelece o aumento da jornada dos bancários para 44 horas semanais e autoriza a abertura das agências aos sábados.
Foi reivindicada também a manutenção dos empregos no processo de reestruturação a ser iniciado em dezembro, com o fechamento de 150 agências. Segundo o banco os números não são precisos, mas em 2020 outras 300 unidades encerrarão suas atividades no País, dentro de um processo de “ajustes” da rede, em especial a sobreposição de agências. Os negociadores do banco disseram que os funcionários serão realocados.
Segundo Valdecir Cenali, diretor do Sindicato de Londrina e representante do Vida Bancária na COE, o Bradesco afirmou que não vai abrir as agências aos sábados para prestar orientação financeira e negociação das dívidas dos clientes, como orienta a Febraban, mas poderá estender a jornada nos dias de semana, devendo pagar as horas extras. “Estamos acompanhando a reestruturação para garantir que a realocação do pessoal realmente seja feita para preservar os postos de trabalho nas agências que fecharão as portas para evitar uma onda de demissões em massa”, ressalta.
Valdecir conta que de acordo com os representantes do Bradesco, será criado um novo cargo, de gerente especialista em investimentos, com o objetivo de conter a perda de investidores e competir neste segmento do mercado com as “fintechs” e os bancos digitais.
“Eles disseram que já estão sendo treinados funcionários para essa função até que sejam feitas as contratações de pessoas especializadas em finanças”, relata.
Por Armando Duarte Jr.