A UNI Global Union está lançando no âmbito da Campanha de 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher uma mobilização para destacar a histórica Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), definindo ações de combate à violência e assédio no mundo do trabalho.
Assinada em junho de 2019, durante a Conferência da OIT, a Convenção 190 com o objetivo de proteger as mulheres no trabalho em todo o mundo, mas precisa ser ratificada pelos países membros.
Neste sentido, a UNI está agindo em conjunto com outras Federações sindicais globais (Industriall, UITA, IFJ, IDWF e PSI) para incentivar a ação de todos os Sindicatos filiados para ajudar os esforços mais amplos de ratificação, pressionando os governos a aderir a esta luta.
“Esta Convenção inovadora pode mudar vidas”, disse a chefe da UNI Igualdade de Oportunidades, Verónica Fernández Méndez. Segundo ela, esta é a primeira vez na história que um instrumento jurídico internacional protege os trabalhadores de todas as formas de assédio e violência no trabalho.
“Enquanto a Convenção 190 não é ratificada, os Sindicatos devem lutar para implementá-la nos Acordos Coletivos e Acordos Globais para pressionar maior proteção. É um primeiro passo para ver a violência e o assédio como mais do que uma questão de saúde e segurança no local de trabalho, mas como uma epidemia global que precisa ser erradicada. Os Sindicatos são parte da solução, e queremos que esta Convenção sirva como ferramenta globalmente na luta contra a violência e o assédio no mundo do trabalho”, ressalta Verônica.
Os Sindicatos também estão defendendo Recomendação 260 da OIT, que visa complementar a Convenção 190. Inclui ainda a violência doméstica como um elemento de violência no trabalho, uma vez que não só afeta o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras, mas também tem um impacto sobre as condições de trabalho e produtividade.
Veja mais informações e materiais sobre a mobilização da UNI Igualdades de Oportunidades no blog: http://en.breakingthecircle.org/
De acordo com estatísticas da ONU (Organização das Nações Unidas), 818 milhões de mulheres têm sido vítimas de violência sexual ou física em casa, em suas comunidades ou no local de trabalho. Mais de um em cada três países não têm leis contra o assédio sexual no local de trabalho e um número estimado de 235 milhões de mulheres estão desprotegidas.
Fonte: UNI Global