Luta contra trabalho aos sábados no Santander é manchete do Vida Bancária

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A mobilização nacional os funcionários do Santander para impedir o trabalho aos sábados é o destaque da Capa da edição digital do Vida Bancária desta semana, que faz um relato das ações desenvolvidas pelos Sindicatos, incluindo medidas judiciais garantindo o descanso semanal remunerado aos funcionários.

O jornal informa sobre a ilegalidade do banco em tentar impor o trabalho aos sábados, já que o expediente das instituições financeiras deve ser feito de segunda a sexta-feira, conforme estabelece a Lei 4.178/1962, da mesma forma como a jornada de trabalho da categoria bancária definida nos artigos 224 e 225 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

“A direção do Santander precisa entender que no Brasil existem Leis e elas devem ser seguidas. O trabalho dos bancários aos sábados só pode ocorrer em casos extraordinários, mas mesmo assim mediante negociação com o movimento sindical e assegurando o pagamento das horas extras”, pondera o presidente do Sindicato de Londrina e coordenador do Vida Bancária junto à Fetec-CUT/PR (Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito do Paraná), Felipe Pacheco.

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Reforço nos protocolos da Covid-19

Nas págs. 2 e 3, o Vida Bancária traz informações sobre as negociações com os bancos sobre os protocolos sanitários. A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), bem como as Comissões dos Empregados estão cobrando das instituições financeiras reforços nas medidas de prevenção e orientações mais severas para que os gestores sigam os protocolos no surgimento de casos de bancários positivados.

Na Caixa, no último dia 25/01 o Sindicato de Londrina teve que intervir para que duas agências encerrassem o expediente após o registro de bancários com testes positivos para Covid-19.

No Banco do Brasil, por conta da intervenção do governo Bolsonaro, o negacionismo toma conta das dependências, que não estão respeitando os protocolos de prevenção. A direção do banco alterou o Manual de Trabalho Presencial, sem negociar com a CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do BB) aumentando o risco de contágio. Essa mudança está em discussão no âmbito do MPT (Ministério Público do Trabalho).

Bradesco tem agências fechadas

O Vida relata ainda o fechamento de agências do Bradesco em Londrina e Cambé no dia 7/01 pelo surgimento de casos de Covid-19 entre os funcionários. Dirigentes do Sindicato de Londrina acompanharam o encerramento das unidades e a dispensa dos funcionários, cobrando o cumprimento dos protocolos sanitários.

Avanços no Santander

As negociações entre a COE (Comissão de Organização dos Empregados) e o Santander, realizadas no dia 26/01, resultaram em alguns avanços nos protocolos contra a Covid-19. O banco concordou que os funcionários contaminados devem se afastar do trabalho no surgimento dos primeiros sintomas da doença; o afastamento ocorrerá por 10 dias e o retorno se dará somente quando não houver mais sinais da Covid-19, mediante orientação médica; também haverá reforço nas equipes de limpeza; e os funcionários serão ressarcidos pelos gastos com testes rápidos.

Brasil de marcha à ré

Na pág. 4, o Vida Bancária faz um relato dos três anos de gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcados por inúmeros retrocessos nas políticas sociais, na legislação trabalhistas, privatizações de desmonte das empresas públicas e, principalmente, pelo descontrole na economia.

Neste período, a inflação já passou dos 20% e o desemprego continua em alta, o que tem levado milhões de famílias brasileiras de volta à miséria.

Por Armando Duarte Jr.