Bradesco lucra R$ 6,5 bilhões no primeiro trimestre, mas demite funcionários

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O Bradesco teve Lucro Líquido Recorrente, que exclui efeitos extraordinários no lucro, de R$ 6,5 bilhões, no primeiro trimestre de 2021. Os números representam uma alta de 73,6% em relação ao mesmo período de 2020 e queda de 4,2% no trimestre anterior, que foi de R$ 6,8 bilhões. Mesmo com o excelente resultado, o banco fechou 8.547 postos de trabalho em 12 meses e 888 no trimestre. Em 12 meses, foram fechadas 1.088 agências e abertas 700 unidades de negócios totalizando 3.312 agências e 766 unidades de negócio.

“Mesmo com a redução do quadro de pessoal, o lucro reflete o compromisso dos funcionários, que em plena pandemia têm redobrado os esforços para que o banco possa alcançar resultados tão bons. Por isso, eles precisam ser valorizados”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Bradesco.

O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do banco (ROE) foi de 18,7%, com alta de 7,0 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses. Segundo o relatório do banco, o crescimento observado no resultado, em relação ao primeiro trimestre de 2020, é reflexo de menores despesas com PDD no período e da redução das despesas operacionais, além do aumento da margem financeira com clientes e mercado e do resultado das operações de seguros.

A Carteira de Crédito Expandida do banco cresceu 7,6% em 12 meses, atingindo R$ 705,2 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 13% no período, totalizando R$ 270,2 bilhões, com destaque para o financiamento imobiliário (+38,1%), o crédito consignado (+11,5%) e o crédito rural (+9.3%). As operações com pessoas jurídicas somaram R$ 434,9 bilhões no país, com alta de 4,6% em 12 meses. Nesse segmento destacaram-se o capital de giro (+30,7%), o crédito imobiliário (14,5%) e o CDC/ Leasing (+9,2%).  O Índice de Inadimplência para atrasos superiores a 90 dias caiu 1,2 p.p., ficando em 2,5% no primeiro trimestre. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) foram reduzidas em 35,7% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 4,7 bilhões em março de 2021.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias caiu 2,9% em 12 meses, totalizando R$ 6,5 bilhões. As despesas de pessoal considerando a PLR, por sua vez, caíram 4,6%, somando R$ 4,8 bilhões. Com isso, a cobertura destas despesas pelas receitas secundárias do banco aumentou para 135,75% no período.

Fonte: Contraf-CUT