Mesa da Saúde discute medidas de prevenção à Covid-19

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A mesa bipartite da Saúde entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) se reuniu na quarta-feira (2/12) e decidiu retomar o canal direto entre as partes para solucionar problemas dos protocolos para prevenção da Covid-19 no setor. Para tanto, os sindicalistas reivindicaram que a Fenaban esclareça quais as regras básicas para os protocolos, tendo em vista que nos últimos meses houve um relaxamento nos cuidados. Também foi discutida a inclusão da categoria bancária ente os setores prioritários para a vacina contra a Covid-19, além do desconto das complementações do auxílio-doença.

A retomada do canal direto entre o Comando e a Fenaban foi decidida diante do aumento da contaminação da Covid-19 nesse final de ano, no que já está sendo chamado de “segunda onda”. Qualquer problema quanto ao cumprimento de protocolos para a proteção dos trabalhadores deverá ser encaminhado ao canal retomado para ser solucionado. “Tudo que fizemos no primeiro semestre para a proteção da categoria foi vitorioso. Só que houve um processo de flexibilização das medidas. Houve um relaxamento da sociedade, mas também dos bancos. Agora, o nível de contaminação aumentou”, alertou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Mauro Salles, que participou da mesa como um dos representantes do movimento sindical.

Além da retomada do canal direto para tratar de problemas sobre a Covid-19 na categoria, também foi discutida a questão da concessão do benefício integral em casos de afastamento por doença e que tenha o reconhecimento do Auxílio-doença. Os representantes da Fenaban disseram que essa discussão está sendo feita banco a banco.

“Vemos disparidades no tratamento não só entre bancos, mas em cada banco. Estão ocorrendo situações onde o trabalhador tem alta e o banco quer descontar o que antecipou e mesmo desconta antes de o trabalhador receber do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Precisamos resolver essa disparidade. Outra preocupação é resgatar que o desconto da antecipação deve ser parcelado, não comprometendo mais do que 30% do salário do trabalhador”, disse Mauro Salles. O secretário da Saúde do Trabalhador frisou que o problema é agravado porque o INSS está demorando a pagar o auxílio-doença. Ele defendeu que, enquanto não houver perícia e que não seja feito o pagamento pelo INSS, o bancário não deve ser descontado das antecipações.

Também foi discutida a necessidade de o governo incluir a categoria bancária entre os setores que terão prioridade para a vacina contra a Covid-19. O entendimento, tanto do Comando Nacional dos Bancários como da Fenaban, é de que a categoria é um dos setores essenciais para manter a sociedade durante a pandemia e que deve estar entre os setores que vão receber a proteção na fase inicial da vacinação.

Fonte: Contraf-CUT